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As correspondências como fontes históricas sobre a atuação e a rede de relações de José Marianno de Mattos na Revolução Farroupilha (1835-1845)
Letícia Marques.
XIV Jornadas Interescuelas/Departamentos de Historia. Departamento de Historia de la Facultad de Filosofía y Letras. Universidad Nacional de Cuyo, Mendoza, 2013.
Resumen
Em uma sociedade como a do Brasil na primeira metade do século XIX, onde a escravidão ainda se fazia presente e que a liberdade, tão almejada pelos negros, era apenas um sonho distante, a presença de homens considerados mulatos a frente de um movimento, participando das principais decisões da Farroupilha (1835-1845), se torna um importante e necessário objeto de reflexão, possibilitando uma maior compreensão dos elementos políticos, econômicos e sociais deste período. Assim, o presente trabalho ao trazer como fontes principais correspondências da Revolução Farroupilha (1835-1845), busca através do estudo da trajetória do mulato José Marianno de Mattos compreender os espaços de circulação encontrados pelo mesmo junto ao movimento farrapo. Carioca e militar, Mattos faz parte dos indivíduos não Rio-Grandenses envolvidos com a causa Farroupilha. Considerado um dos responsáveis pela eclosão do movimento, o então mulato, manteve laços de amizades muito estreitos tanto com Domingos José de Almeida, quanto com Bento Gonçalves da Silva, importantes líderes farrapos. Desta forma, esta pesquisa tem como objetivo maior traçar através deste personagem, suas redes de relações e como estas foram sendo acionadas durante o período da Farroupilha, agindo assim como um facilitador para que Mattos alcançasse determinados postos e/ou cargos como Deputado da Província, Ministro da Guerra, da Marinha e do Exterior, Vice-Presidente da República Rio-Grandense e Presidente em Substituição a Bento Gonçalves em algumas passagens de período entre 1839 a 1841. Pontuando brevemente a trajetória de Mattos no movimento farrapo, buscamos entender o espaço de atuação encontrado pelo mesmo neste período, onde sua cor embora lembrada em algumas situações por seus inimigos, não se apresentou como um impedimento para que este conseguisse ascender militarmente e socialmente, estando em cargos almejados por muitos farrapos. Sendo assim, as cartas em que José Marianno de Mattos é autor ou receptor se tornam fontes privilegiadas, uma vez que permitem uma compreensão dos diferentes vínculos pessoais e políticos estabelecidos neste período, à intensidade das relações, sua duração e seu conteúdo, podendo indicar como este personagem fortaleceu laços com o movimento farrapo e conseguiu se inserir em cargos que muitas vezes a historiografia silenciou que fossem ocupados por “homens de cor”.
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