Atención

Búsqueda avanzada
Buscar en:   Desde:
Na linha do tempo: a Cepal, a integração latino-americana e a reação permanente dos Estados unidos, segundo Celso Furtado
Eduardo Santiago.
XXXI Congreso de la Asociación Latinoamericana de Sociología. Asociación Latinoamericana de Sociología, Montevideo, 2017.
Resumen
Na linha do tempo: a CEPAL, a integração latino-americana e a reação permanente dos Estados Unidos, segundo Celso Furtado Grupo de Trabalho 25 - Integración Regional, Geopolítica y Desarrollo. No tomo I da autobiografia de Celso Furtado, ele retratou, com extrema nitidez, o nascimento e os fundamentos orgânicos da Comissão Econômica para a América Latina-CEPAL, além de relatar as démarches norte-americanas para não deixá-la nascer, para não permitir o seu funcionamento e para extingui-la. Neste artigo, relacionei toda essa narrativa ao que acontece hoje, quando a tão sonhada integração latino-americana é combatida pelo pensamento econômico ortodoxo e hegemônico, bem como, pela grande mídia internacional. Tal situação foi e é compatível com a estratégia geopolítica para a América Latina assumida pelos Estados Unidos, qual seja, a persistência em alinhar a política externa dos países latino-americanos aos seus interesses econômicos, políticos e militares no hemisfério, ainda influenciados pelos preceitos da Doutrina Monroe. Este artigo objetiva trazer à tona narrativas essenciais de Celso Furtado acerca do processo de criação da CEPAL e dos seus fundamentos orgânicos e operacionais, que tanto contribuíram para a compreensão e para a superação relativa do subdesenvolvimento dos países latino-americanos. É preciso que se diga que, a ação intelectual e política encabeçada por Raúl Prebisch e corporificada por Celso Furtado e pelos seus “companheiros da Ordem Cepalina do Desenvolvimento” constituiu uma escola econômica que identificou as causas do subdesenvolvimento e da sua superação, fato que tanto incomodou o pensamento ortodoxo e hegemônico dos países centrais. Há de se ressaltar, também, que a CEPAL acalentou a idéia-força da integração econômica do continente latino-americano, fato apresentado por Furtado em sua autobiografia, ao se referir a diversas conferências da Comissão nas quais esta idéia sempre esteve presente. O que este artigo pretende demonstrar, cinge-se ao fato de que a CEPAL dos anos cinqüenta do século XX foi o ancoradouro das idéias heterodoxas acerca da relação dos países centrais e periféricos, bem como, das razões do atraso histórico e crônico dos países dependentes. A CEPAL cinquentista foi o grande fórum onde germinaram as teses emancipacionistas que se contrapuseram ao hegemônico caminho ortodoxo da dominação e da subordinação dos credos liberais e imobilistas que, ainda hoje, perduram e insistem em sobreviver, agora vestidos com os trajes da globalização. Não foi em vão que o ex-chanceler brasileiro Celso Amorim, entusiasta da integração latino-americana, asseverou que, “suas raízes foram lançadas com a CEPAL, a ALALC (Associação Latino-Americana de Livre Comércio) e a ALADI (Associação Latino-Americana de Integração) e, mais recentemente, com a Comunidade Andina de Nações e o MERCOSUL.” O artigo em foco fundamenta-se em análise bibliográfica lastreada pelos economistas Celso Furtado e Raúl Prebisch e pelos diplomatas Celso Amorim e Samuel Pinheiro Guimarães.
Texto completo
Creative Commons
Esta obra está bajo una licencia de Creative Commons.
Para ver una copia de esta licencia, visite https://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/4.0/deed.es.