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A diversificação institucional no Ensino Superior Brasileiro: uma análise dos aspectos socioeconômico dos alunos
Leonardo Rodrigues.
XXXI Congreso de la Asociación Latinoamericana de Sociología. Asociación Latinoamericana de Sociología, Montevideo, 2017.
Resumen
O presente trabalho busca discutir as diferenciações internas do ensino superior brasileiro, a partir de uma análise dos aspectos socioeconômicos dos alunos. Uma longa tradição da sociologia da educação, principalmente a partir de Pierre Bourdieu, tende a considerar que os sistemas de ensinos em expansão criam e/ou aprofundam diferenciações internas que se relacionam com mecanismos de manutenção das hierarquias sociais. Esse estudo, dessa forma, insere-se no contexto de ampliação do ensino superior brasileiro na última década, buscando responder às seguintes perguntas: qual o perfil socioeconômico dos alunos nesse setor de ensino? Há diferenças no perfil de alunos entre instituições e entre cursos distintos? Qual impacto das recentes reformas na organização das instituições e dos cursos? Para tanto, a pesquisa tratou os dados disponibilizados pelo relatório do Exame Nacional de Desempenho dos Estudantes (ENADE) que dispõe de informações amostrais de alunos e instituições de ensino superior de todo o Brasil. Os dados trazem características sociais e econômicas dos alunos e as variáveis tratadas foram: cor, renda familiar mensal, tipo de escola em que frequentou no ensino médio, escolaridade do pai e escolaridade da mãe. Além disso, foram analisados os dados sobre as instituições no que concerne a concorrência no ingresso, ao número de alunos, nas mensalidades, se pública ou privada. As instituições analisadas são todas locadas no estado do Rio de Janeiro, esse recorte buscou isolar possíveis diferenciações regionais. As análises focaram em alunos de cursos com alto status social e com significativos retornos econômicos. Nesse trabalho tratamos exclusivamente dos alunos pertencentes a grande área das engenharias. O interesse foi perceber como diferentes cursos que tradicionalmente estiveram reservados a uma pequena parcela da sociedade se organizam em um contexto de intensas reformas sem, no entanto, expandir as análises para as diferenciações entre grandes áreas do conhecimento. Os principais resultados alcançados pela pesquisa dizem respeito à diversificação institucional. Ainda que sejam instituições de uma mesma região geográfica e cursos de uma mesma grande área, identificou-se que os perfis socioeconômicos dos alunos tendem a se diferenciar intensamente entre instituições e cursos. Por fim, o trabalho fomenta a discussão apresentando possíveis estratégias, unidades de análises e as principais dificuldades a serem tratadas para responder à questão da diversificação institucional no contexto de ampliação dos sistemas de ensino. Tais resultados dialogam, principalmente, com a relação entre o ensino superior e as diferenciações e desigualdades sociais. Esse trabalho é parte de uma pesquisa de mestrado financiada pelo Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq).
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