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Território e territorialidades na construção do espaço urbano
Gabriela Lema Icasuriaga, Victor Costa, Juliana Lopes Fonseca y Larissa Borges Tavares Da Costa.
XXXI Congreso de la Asociación Latinoamericana de Sociología. Asociación Latinoamericana de Sociología, Montevideo, 2017.
Resumen
Estes e outros trabalhos e estudos realizados seguiram uma linha de reflexão, que se pretende teórica e metodológica, agregada em torno da categoria reprodução sócio territorial, por entendermos que a mesma exprime as múltiplas determinações de produção do espaço pelo conjunto de práticas relacionadas à provisão de necessidades humanas de subsistência e acesso à geração e distribuição das riquezas que facilitam ou dificultam as condições de vida em sociedade. A preocupação com a mudança social perpassa nossos interesses de aprofundamento teórico e de apreensão e compreensão da complexidade social com a qual atuamos, com a intenção de contribuir com os sujeitos sociais que constroem seu cotidiano em condições subalternas aos centros de poder econômico e político. Neste momento nosso interesse é buscar subsídios que nos permitam uma melhor compreensão do território e das territorialidades que se produzem e se recriam no espaço urbano, seja a partir de imposições na formatação de políticas públicas que adotam uma perspectiva espacial na sua operacionalização, seja nas práticas de populações que vivem seu entorno e a cidade a partir de necessidades e utopias próprias, produtoras de novas relações de sociabilidade. Em princípio arriscamos a pensar que a noção de território inscrita nas políticas sociais sustenta noções de controle, domínio e sujeição da população usuária dessas políticas, enquanto que no enorme leque de experiências localizadas de produção de territorialidades a partir dos sujeitos sociais, entrevemos ações pautadas em princípios que fogem da lógica predominante de integração social submetida às leis do mercado. É principalmente nestas últimas que queremos centrar a nossa atenção, tanto para compreendê-las como para buscar relações e nexos nos diversos sentidos da produção e reprodução das relações em e com o território, tanto materiais como simbólicas. Pensamos que esse percurso nos ajudará a refletir sobre algumas experiências que, tanto no Brasil como em outros países da América Latina, começam a ser percebidos como alternativas ao atual modelo de desenvolvimento e de urbanização que torna as nossas cidades insustentáveis para a vida. Pensamos aqui nas possibilidades que formulações recentes sobre desenvolvimento, que se contrapõem aos ditames neoliberais e a toda forma de imposição dos interesses coorporativos das grandes multinacionais, que colocam em primeiro lugar às populações, suas relações e o respeito ao meio ambiente. Uma compreensão de desenvolvimento baseada numa cosmovisão que entende as relações entre os indivíduos e seu meio natural, social, econômico e político numa perspectiva que antecede e supera as imposições colonialistas. Como expõe Quijano (2012) “sua atual emergência não consiste em mais outro movimento social. Trata-se de um movimento abrangente da sociedade que poderia conduzir à (des)colonialidade global do poder, isto é a outra existência social, livre de dominação/exploração/violência”. Novas formas de subversão que se apresentam ou ressurgem em contraposição ao atual modelo de poder em crise e de seus projetos de desenvolvimento, baseados em relaciones sociais históricas dos povos latino-americanos que recolocam, com força maior, formas de existência alternativas.
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