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A internacionalização dos grupos de pesquisa nacionais em energia: formação de redes e estratégia científico-política
Victor Luiz Mourão Alves, Daniela De Alves Alves y Daniel Aparecido Cabral De Araújo.
XXXI Congreso de la Asociación Latinoamericana de Sociología. Asociación Latinoamericana de Sociología, Montevideo, 2017.
Resumen
A internacionalização da ciência e da tecnologia (CT) tem sido um tema de extrema relevância e atualidade no contexto contemporâneo. Este projeto, ainda em andamento, visa produzir conhecimento reflexivo sobre esse processo de internacionalização dos grupos de pesquisa e da produção científica nacional, com foco nos grupos de pesquisa sobre energia. Nos propomos a investigar o conteúdo dos acordos, os conflitos, e os interesses que mobilizam estas trocas. Orientamo-nos pela perspectiva de Bruno Latour, para quem o trabalho da sociologia da ciência é percorrer o tráfego da rede envolvida no fazer científico, seguir os engenheiros e os cientistas, as instituições, objetos e pessoas recrutados e envolvidos nas redes; as incertezas; as decisões e as concorrências e também as cooperações. Nossa metodologia é baseada na coleta qualitativa de dados, utilizando de entrevistas semi-estruturadas guiadas por um roteiro básico. Os entrevistados foram selecionados a partir do envolvimento individual e coletivo com redes internacionais de pesquisa na área de energia. Além das entrevistas foram consultados projetos e relatórios de pesquisa disponibilizados pelos grupos, e sua produção científica disponível em plataformas. Até o presente momento foram produzidas as seguintes hipóteses sobre a cooperação internacional: (1) haveria uma clivagem entre a produção científica nacional e internacional, com níveis distintos de legitimação e reconhecimento científico dos pesquisadores em ambos os polos, sendo a participação da periferia centrada principalmente na formação de recursos humanos; (2) haveria um processo interno de extroversão intelectual e não apenas de dominação científica, no qual os próprios grupos e pesquisadores nacionais se estruturam de modo a recepcionar de modo desigual a produção e a agenda científica estrangeira; (3) a cooperação internacional teria maior conteúdo estratégico por parte do centro do que da periferia, o que produziria um processo desigual em termos de resultados tecnocientíficos e políticos para cada grupo e cada país, a depender também da singularidade da área do conhecimento e do setor de aplicação tecnológica. No setor de energias renováveis o Brasil tem desenvolvido um papel protagonista pela sua abundância de matérias primas e pelas políticas já desenvolvidas. Nosso interesse é compreender como as redes internacionais do setor de energia associam as redes brasileiras, produzindo alinhamentos e desalinhamentos internacionais, para além do “avanço” da internacionalização da ciência brasileira medida em número de publicações.
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