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Sociologia-crítica a partir das margens
Maria Caroline Marmerolli Tresoldi.
XXXI Congreso de la Asociación Latinoamericana de Sociología. Asociación Latinoamericana de Sociología, Montevideo, 2017.
Resumen
Nesse trabalho procuro apresentar os momentos decisivos das trajetórias intelectuais e das obras de Roberto Schwarz e de Beatriz Sarlo, dois dos maiores críticos sociais do Brasil e da Argentina, respectivamente. A escolha de colocar lado a lado Schwarz e Sarlo, que desenvolveram ao longo das últimas décadas o papel de intelectuais críticos no espaço público, deve-se ao fato de que (i) ambos transitam entre a crítica literária /cultural e a sociologia e (ii) estudaram sistematicamente as obras de dois “mestres na periferia do capitalismo”: Machado de Assis (no caso de Schwarz) e Jorge Luis Borges (no caso de Sarlo). Combinando analiticamente literatura e sociedade, crítica e sociologia, estética e política, Roberto Schwarz e Beatriz Sarlo recuperam os romances de Machado de Assis escritos no final do século XIX e os contos de Jorge Luis Borges redigidos no início do século XX, para problematizarem os impasses e as ambivalências entre as formas importadas da experiência europeia e a empiria local (latino-americana), ou seja, a partir dos maiores cânones literários do Brasil e da Argentina os críticos refletem sobre os desafios teóricos e dilemas empíricos criados pela modernidade e pelo capitalismo periférico. Assim como Machado e Borges não reduzem local e universal a essências singulares, sugiro que Schwarz e Sarlo pensam e problematizam teoricamente o moderno e a periferia. A hipótese a ser desenvolvida é que a ideia de “periferia”, na obra dos críticos, não está restrita a um espaço social. Essa ideia se configura também como um desafio metodológico que concorre ativamente para a qualificação do moderno a partir de outro ponto de vista. Pensando a periferia nesses termos, o desdobramento dessa hipótese nos leva a questionar se os trabalhos de Schwarz e de Sarlo não podem contribuir, teórica e metodologicamente, para o alargamento da teoria social crítica a partir e pelas margens da cultura ocidental.
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