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FICAR OU SAIR DO CAMPO, SER OU NÃO SER AGRICULTOR: DILEMAS DE JOVENS RURAIS DO SERTÃO SERGIPANO
Isabela Gonçalves de Menezes, Paulo Sergio da Costa Neves y Natália Alves.
XXXI Congreso de la Asociación Latinoamericana de Sociología. Asociación Latinoamericana de Sociología, Montevideo, 2017.
Resumen
Um grande dilema dos jovens rurais é se devem permanecer em suas comunidades onde certamente sacrificariam oportunidades educativas e econômicas ou migrar para centros urbanos com mais opções. Este artigo levanta essa discussão, tomando por base recorte de tese de doutorado em educação, fruto de pesquisa qualiquantitativa e compreensiva cujo objetivo foi investigar o sentido que jovens rurais dão à experiência de escolarização, que expectativas profissionais estão construindo e seus discursos sobre identidades e individualizações. O universo de estudo foi constituído de jovens rurais estudantes do último ano do ensino médio regular em escolas urbanas de Poço Redondo e Nossa Senhora da Glória, municípios do sertão sergipano. No ano letivo 2015, realizou-se a coleta de dados por meio de questionário, entrevistas e grupos focais a um total de 80 jovens rurais. Da análise das informações obtidas conclui-se que um percentual elevado afirma gostar do campo, mas fica dividido entre sair e permanecer. Os que tencionam ficar gostam da tranquilidade do campo, já os que pensam em sair se preocupam diante da pouca perspectiva de emprego no meio rural e alegam a busca de melhoria de vida. Entretanto, para eles, sair não significa rejeição ao meio rural e permanecer não significa ser agricultor, já que nenhum jovem espontaneamente indicou aspirar essa profissão. Quando perguntados se gostariam de ser agricultores a maioria respondeu “não”, não obstante parte considerável das jovens rurais estudantes em Nossa Senhora da Glória tenha se mostrado interessada em permanecer no campo e assumir a propriedade dos pais, bem como os rapazes de Poço Redondo. O meio rural do sertão sergipano tem mudado muito e já não absorve apenas o aspecto do trabalho agrícola. A maioria dos jovens pesquisados tem referências de identidade da produção rural, mas o fato de cursarem o ensino médio em escolas urbanas resultou em mudanças. Quanto a saber exatamente o que querem, foram bastante moderados e não foram poucos os que afirmaram ser inútil fazer projetos, embora a maioria tenha indicado que gostaria de ter um negócio próprio, ou seja, empreender.
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