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Jovens professores universitários: entre a carreira acadêmica e a opção de trabalho
Antonio Alberto Brunetta y Valéria De Bettio Mattos.
XXXI Congreso de la Asociación Latinoamericana de Sociología. Asociación Latinoamericana de Sociología, Montevideo, 2017.
Resumen
O presente estudo busca investigar uma parcela específica de docentes da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), que compreende jovens com até 30 anos de idade, correspondendo a 1,78% do quadro docente da instituição. Embora este índice não seja significativo em termos percentuais, ele exprime um fenômeno presente desde a década de 1990: a profissionalização no contexto universitário desde o ingresso no ensino superior, muitas vezes propiciado por uma fonte de renda, via bolsa de estudo. A pesquisa parte da noção de juventudes, por se tratar de uma concepção de pluralidade. Compreende-se que não existe uma juventude naturalizada, mas uma identidade juvenil construída na relação dialética entre subjetividade e objetividade, levando-se em consideração o contexto socioeconômico-cultural como fator que interfere na constituição dos sujeitos, na condição de indivíduos coletivos. Assim, buscou-se verificar se a trajetória desses jovens professores corrobora a noção de pluralidade ou a ela se contrapõe. Nesse sentido, a escolha da carreira e aquilo que dela decorre tornam-se foco do estudo. Para tanto, a pesquisa caracteriza-se como exploratória, de caráter descritivo, baseada no levantamento dos docentes nascidos entre 1986 e 1989, sendo esta última, a data de nascimento mais recente nos registros administrativos da referida universidade. A partir desse levantamento preliminar buscaram-se os currículos disponíveis na plataforma Lattes/CNPq a fim de analisar as suas trajetórias educacional e profissional, questionando-se fundamentalmente: O que faz jovens optarem pela carreira acadêmica e se tornarem professores de uma universidade pública no Brasil? A análise compreendeu verificar os seguintes dados: a obtenção da última titulação e sua grande área; se esta foi realizada em instituição pública ou privada; o intervalo entre os níveis de formação (graduação, mestrado e doutorado), bem como entre o término da última titulação e o ingresso na universidade; a natureza da habilitação profissional (bacharel, licenciado ou tecnólogo); a ocorrência de iniciação científica e/ou estágio de pós-doutoramento e a situação exclusiva de estudante ou associada à condição de trabalhador durante a formação e o recebimento de bolsa de estudo durante a formação. Os dados apontam dois cenários distintos em relação à formação e atuação desses professores. A primeira diz respeito àqueles que optam pela carreira docente por possuírem, desde o início da graduação, vinculação com a pesquisa nas diversas modalidades, denotando um forte apelo vocacional. A segunda refere-se àqueles que ingressam como docentes, sem necessariamente possuírem um perfil de pesquisador, mas optam pela carreira universitária, por ser o espaço per se de formação de profissionais. Nesse sentido, a carreira docente se caracteriza menos por uma vocação e mais por oportunidade profissional decorrente da abertura de demanda de novas profissões, cujos campos formativos ainda estão em construção.
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