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Humanidades Digitales: Miradas desde el sur. Quinto Congreso de la AAHD
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Asociación Argentina de Humanidades Digitales
— 17 y 18 de noviembre de 2022
— General Roca-Füskü Menuko, Provincia de Río Negro, Argentina.
Panel 6
Ciência Cidadã: recursos tecnológicos para a participação social
Horario: 15:00hs a 16:30hs.
Coordinador(es):
Witt, Amanda Santos (UFRGS) y Silva, Fabiano Couto Corrêa da (UFRGS) .
Duración:
1:30hs.
O surgimento das tecnologias de informação e comunicação acarretou alterações nos processos de produção científica. No âmbito das humanidades digitais, a transdisciplinaridade aponta para novos métodos, dispositivos e investigações associadas ao digital no escopo das ciências humanas e sociais. As premissas do Acesso Aberto (Open Access) sublinham a relevância do acesso aberto aos dados de pesquisas, software livre e licenças não proprietárias como a Creative Commons. Nesse cenário, surge uma iniciativa da Ciência Aberta conhecida como Ciência Cidadã, que prevê a participação de cidadãos em pesquisas científicas lideradas por cientistas. Um exemplo é a plataforma digital Civis, do Instituto Brasileiro de Informação em Ciência e Tecnologia (Ibict), usada para registro de iniciativas em Ciência Cidadã no Brasil. Os procedimentos metodológicos abrangeram o levantamento nessa plataforma, no tópico Recursos, de ferramentas existentes para coleta de dados. Objetivou-se verificar a inserção das tecnologias de informação e comunicação em iniciativas de Ciência Cidadã. Os recursos foram categorizados por áreas do conhecimento e agrupados por categorias de análise com breve descrição dos seus aspectos. Como resultados obtivemos: dez recursos localizados, mas um deles repetido, portanto nove foram analisados. Com relação às áreas do conhecimento, quatro recursos são de uso das Ciências Biológicas e cinco, de cunho Multidisciplinar (que podem ser aplicados a distintos campos, tais como, Agricultura, Saúde ou Ciências Sociais) . As categorias encontradas foram: a) Softwares de código aberto: 1) Sistema de Posicionamento Global (GPS) para monitoramento ambiental; 2) Coleta de dados em situações de ocorrência de dificuldades em idioma ou alfabetização. Fornece interfaces de usuário norteadas por ícones configuráveis para monitoramento ambiental; 3) Desenvolvido com base no diálogo entre distintas comunidades e organizações sociais para que comunidades e agricultores familiares façam o mapeamento dos seus territórios; b) Padrões de dados e metadados: 1) Conjunto de padrões globais e transdisciplinares de dados e metadados para uso em iniciativas colaborativas; c) Plataformas colaborativas: 1) Mapeamento participativo em projetos de cartografia comunitária; 2) Permite o desenvolvimento de plataformas e coleta de dados em ambientes organizacionais, com fácil adaptação a qualquer área; 3) Voltado ao enfrentamento dos desafios sociais, políticos e de saúde pública; d) Equipamentos: 1) Construção de um sensor DIY (Do it yourself, em português “faça você mesmo”) para medir a poluição do ar; 2) Pluviômetro artesanal para monitoramento da chuva por alunos de escolas participantes do projeto embasadas pelas novas tecnologias de informação e comunicação, em consonância com os componentes curriculares. Infere-se que os tipos de recursos cadastrados demonstram a variedade de meios disponíveis orientados ao acesso aberto, cujo propósito é o de ampliar as possibilidades de circulação do conhecimento socialmente produzido. As iniciativas, em sua maioria, demonstram a percepção da importância do uso das tecnologias como ferramentas cognitivas para o fazer científico, orientadas para a produção colaborativa e distribuída. Assim, torna-se praticável o estabelecimento de colaborações de diferentes níveis e entre distintos atores.