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A Urbanização Transnacional e o Impacto sobre as Cidades
Rafaela Ludolf y Murilo Jacques Barbosa.
XXXI Congreso de la Asociación Latinoamericana de Sociología. Asociación Latinoamericana de Sociología, Montevideo, 2017.
Resumen
A cidade é uma representação viva de todos os movimentos e interações que ocorrem no seu interior, composta pelo movimento natural de sua população e instituições – geograficamente estabelecidas dentro do seu território nacional -, mas que também sofre pressão dos movimentos globais. A cidade é o locus da organização da vida social e política, da reprodução da economia e, assim sendo, seu desenvolvimento é uma questão social. A realidade da cidade é tida como um processo socialmente constituído, pois enquanto “estrutura” ela molda e constrange o comportamento das pessoas e das instituições (“agentes”), mas, por outro lado, por ser uma representação orgânica de sua população, ela é também é moldada e constrangida com bases das identidades e interesses dos seus agentes. Partindo dessa observação a cerca da organicidade das cidades, considerando-a, especificamente, como representação orgânica dos movimentos sociais no seu interior em uma realidade de co-construção, esse artigo é desenvolvido sob a égide da seguinte questão: Qual o impacto do Urbanismo Transnacional na função social da cidade?. O Urbanismo Transnacional, como reflexo do movimento internacional do capital, gera pressão sobre realidades locais transformando-as, analisar o tipo de impacto que essa nova modalidade de urbanismo exerce sobre as cidades – especialmente em países de capitalismo periférico, como é o caso da América Latina -, não é apenas uma questão de tendências da atualidade, mas uma questão crucial para o desenvolvimento das cidades e adaptação das políticas públicas para aproveitar as oportunidades do novo milênio e preservar sua população dos impactos nocivos do grande capital internacional. Para fins metodológicos, o artigo foi divido em três partes, além de introdução e conclusão, a saber: i) a evolução das cidades (analisando o processo de formação das cidades, com base teórica estabelecida em autores da economia urbana e regional); ii) a globalização e a transformação das cidades (relacionando o processo de globalização e seu impacto sobre as cidades, especialmente no que tange o aparecimento de cidades globais, para tal fez-se uso de autores das ciências sociais, das relações internacionais e também economia urbana e da arquitetura); e, por fim, iii) a análise do urbanismo transnacional propriamente dito, onde poderá ser observado uma construção crítica a cerca da influência dessa modalidade de urbanização nas cidades e nos povos, apoiado de modo mais intenso em uma leitura da atualidade com foco nas cidades brasileiras. O pensamento crítico (construtivista e pós-moderno) permeia toda a análise, na tentativa de fornecer uma visão alternativa forte sobre a problemática da urbanização (e reurbanização) que tem buscado atender a necessidade do capital na renovação do seu ciclo (ampliação dos lucros), mas que, não necessariamente, está preocupada em otimizar as cidades para o bem-estar de sua população.
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