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A sociologia em tempos de crise: a nova conjuntura conservadora brasileira e os destinos da sociologia no ensino médio
Luige Costa Carvalho De Oliveira.
XXXI Congreso de la Asociación Latinoamericana de Sociología. Asociación Latinoamericana de Sociología, Montevideo, 2017.
Resumen
Analisar em que medida a crise política brasileira, deflagrada após as mobilizações populares de Junho de 2013, impacta diretamente a Sociologia enquanto disciplina obrigatória do Ensino Médio. Estes impactos podem ser verificados, por exemplo, no conjunto de projetos de lei e iniciativas que versam sobre a possibilidade de supressão da Sociologia enquanto disciplina obrigatória no Ensino Médio. Parto dessa problematização mais imediata para pensar quais as possibilidades e sentidos das reformas que estão postas para o debate sobre a Sociologia no Ensino Médio, na atualidade da crise capitalista e seus efeitos no Brasil. Entendemos que esta crise abre um novo período na história política do país, marcado por uma ascensão conservadora, cujo objetivo, neste recorte proposto, é minar as poucas conquistas da Sociologia na escola brasileira. A estrutura do trabalho pretende ser dividida em dois momentos. O primeiro, dedicado ao debate conceitual, teórico e conjuntural acerca dos impasses que temos vivenciado no Brasil diante de uma crise política de grandes proporções e que não deixa está relacionada a uma conjuntura mais ampla de crise do capitalismo, analisada por autores como o historiador americano Perry Anderson (1995), o filósofo húngaro István Mészáros (2006), Gérard Duménil (2014), o filósofo francês Pierre Dardot em parceria com o sociólogo francês Christian Laval (2016), o filósofo e crítico social Marildo Menegat (2012), dentre outros. Todos estes pesquisadores, embora pertencentes a campos distintos de conhecimento, convergem no sentido de pôr a crise capitalista atual como um acontecimento de primeira importância para a presente configuração global, de tal maneira que é impossível compreender as características da atualidade sem passar pelo problema da crise capitalista. Busca-se, a partir deste quadro de análise, encontrar modos de compreensão do Brasil atual, analisando o novo arranjo político na conjuntura brasileira, marcado pelos laços de dependência da economia do país com o sistema-mundo capitalista (WALLERSTEIN, 2001) e suas inflexões no mundo da política em tempos de crise estrutural. Destas inflexões, podemos citar o fechamento das possibilidades de, por meio da política, se modificar as estruturas de poder. O segundo, é dedicado ao papel que a Sociologia no Ensino Médio vem desempenhando desde o seu retorno enquanto disciplina obrigatória – que lhe conferiu status de importância no cotidiano escolar do Ensino Médio – e como, a partir da atual conjuntura de crise, vai-se buscando excluí-la da grade curricular. A questão que nos motiva, neste segundo momento, é a de refletir acerca de qual o papel que a Sociologia, enquanto disciplina do ensino médio, pode desempenhar num quadro de regressão social e de crise como o que estamos vivendo.
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