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Título: O desafio da participação em uma associação na Amazônia brasileira
Talita Ingrid Da Silva Talita Silva, Erica Cristina Almeida Lopes Erica Lopes y Tânia Guimarães Ribeiro Tânia Ribeiro.
XXXI Congreso de la Asociación Latinoamericana de Sociología. Asociación Latinoamericana de Sociología, Montevideo, 2017.
Resumen
A temática Ambiental juntamente com o enfoque participativo no contexto da Amazônia brasileira tem suscitado um importante campo de debate sobre a agência das mobilizações coletivas na constituição dos territórios das Unidades de Conservação (UC's). A formação das associações-mãe nesses espaços ambientalizados, ganha contornos diferenciados em função de ser posta, por demanda legal, na condição de principal interlocutora do Estado, suscitando questões sociológicas. O presente trabalho consiste na análise da atuação da Associação dos Usuários da Reserva Extrativista Marinha Caeté-Taperaçu (ASSUREMACATA), a partir da percepção de presidentes e associados, e visa analisar a atuação da associação na conformação de um território de gestão compartilhada. A ASSUREMACATA coloca-se como agente de fomento das relações virtuosas entre moradores e usuários da UC visando a conformação de ações comuns direcionadas a gestão compartilhada desse território ambientalizado. O estudo, de base qualitativa, foi realizado na Reserva Extrativista Marinha Caeté-Taperaçu, localizada no município de Bragança, no Estado do Pará. A pesquisa constituiu-se de entrevistas semiestruturadas com os presidentes e associados da ASSUREMACATA; acompanhamento de reuniões do Conselho Deliberativo (CD) e análise de documentos que amparam a gestão partilhada da Resex, tais como o Plano de Manejo e atas do CD. A literatura sociológica problematiza a qualidade da ligação entre os atores para explicar diferenças em processos associativos, distinguindo a mera adesão formal da mobilização coletiva sustentadas pelas suas articulações concretas e partilha de universos comuns, que em escala internacional apresentam diferentes desdobramentos. Decorridos 10 anos de sua trajetória (2005-2015) a associação é um locus privilegiado para a observação das estratégias sociais de participação dentro da Resex, refletindo os diversos interesses e as lutas que mobilizam os agentes sociais envolvidos na produção do território. Em função da heterogeneidade dos atores sociais envolvidos foi possível perceber conflitos inerentes a prática associativa: a luta em torno da distribuição de recursos de políticas públicas; o afrouxamento dos laços associativos em virtude ausência de identificação de objetivos comuns; a atuação partidária das lideranças comunitárias e a interferência de atores de outras esferas sociais que reproduzem práticas clientelistas. Quanto às gestões dos presidentes da associação, constatou-se que a canalização de benefícios sociais é fonte de conflitos, pois a questão ambiental deixa de ser o foco principal, com a chegada de tais benefícios, as disputas se acentuam na partilha dos mesmos. O acesso aos recursos foi viabilizado pelos presidentes por alguns arranjos que se deram, considerando as relações de parentesco e compadrio, estas interações ocorrem frequentemente entre os moradores locais. Palavras-chave: Amazônia; Resex marinha; Participação; conflito social; associativismo;
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