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Comunicação graffiti nos espaços periféricos (uma sociedade pós-mídia)
Luciane Chagas Brasil Lu Brasil.
XXXI Congreso de la Asociación Latinoamericana de Sociología. Asociación Latinoamericana de Sociología, Montevideo, 2017.
Resumen
A partir da análise do Meeting of favela (Mof), este texto enfoca o graffiti como a possibilidade de materialização de uma subjetividade pós-mídia, de acordo com Felix Guattari. Procura verificar também se este tipo de movimento cultural da periferia do Rio de Janeiro se apresenta como uma linha de fuga às formas massivas de produção de identidades prêt-à-porter e se as tecnologias de informação e comunicação somadas à convergência das mídias auxiliam neste processo. O Mof é o maior mutirão de graffiti da América Latina, um movimento cultural que, uma vez por ano, desde 2006, transforma a favela Vila Operária em uma galeria de arte a céu aberto. Durante o evento, os muros das casas da favela da Baixada Fluminense, no Rio de Janeiro, são grafitados por artistas nacionais e internacionais. Em 2014, recebeu o Prêmio de Cultura entrando para o Mapa Cultural do Rio de Janeiro. O movimento ganhou visibilidade ao se legitimar como um dispositivo de mobilidade social e de pertencimento às artes urbanas, agregando valores artísticos comunitários de forma ampla. Sob este enfoque, o Mof saiu dos muros da Vila Operária e ganhou outros territórios a partir das tecnologias digitais e da convergência das mídias, se tornando um evento ao mesmo tempo local e global. Esta transição se deu através da presença da cultura digital dentro dos espaços de intervenção, criando novas visibilidades para o graffiti dentro e fora do território da Baixada Fluminense. Em 2016 o mutirão ganha maior dimensão quando publica nas redes sociais a confirmação da presença da fotógrafa Martha Cooper. Além da visita para conhecer de perto o mutirão de graffiti, a fotógrafa multiplica o evento através de suas redes sociais, tais como instagram e facebook. Em entrevista ao jornal "O Globo, Martha diz: “Saí daqui vendo algumas similaridades com o movimento do grafite e arte urbana de quando comecei minha carreira, inclusive com muito da velha escola do grafite.(...)” Fonte: O Globo on line. Acesso em 16/12/2016 A sociedade pós-mídia tem como base Felix Guattari que, antes de morrer, em 1992, já previa a subjetividade que surgiria com a convergência televisão/computador/redes móveis (REGO; SANTOS, 2013, p.3). Completando essa ideia, Guattari (1990 apud REGO; SANTOS, 2013) afirmava que na era pós-mídia, haveria um remanejamento do poder na mídia de massa, a partir do desejo da subjetividade contemporânea de se reapropriar, individual, coletiva e interativamente, das máquinas de informação e comunicação. Os movimentos expressivos da multidão como o graffiti, enquanto efeitos da produção de subjetividade contemporânea funcionam como máquinas de informação e comunicação, engendram e articulam caminhos agenciando movimentos culturais e sociais, entre a favela e o asfalto, o público e o privado.
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