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Memória e imaginário social no almanaque eu sei tudo
Luiz Barbosa, Andréa Maia, Paulo Vaz, Vera Casa Nova, Alessandra Nardini, Bruna Melo, Bruno Assad y Jackeline Oliveira.
XXXI Congreso de la Asociación Latinoamericana de Sociología. Asociación Latinoamericana de Sociología, Montevideo, 2017.
Resumen
Esta comunicação tem como objetivo recuperar a construção social do mundo a partir de um mergulho nas páginas do almanaque Eu sei tudo, que circulou no Brasil entre os anos de 1917 e 1958. Interessou-nos compreender os processos de formação ideológica, a partir das formas, dos traços discursivos, como os gestos, os temas iconográficos e as fórmulas do envio ora para os bens de consumo, ora para a informação/instrução do sujeito-leitor. Editado no Rio de Janeiro pela Companhia Americana com o objetivo de ser uma revista mensal ilustrada com temas científico, literário, artístico e histórico, seu conteúdo, integrado à realidade urbana, era composto de artigos jornalísticos e textos literários, ilustrações e propagandas. Em nossa pesquisa analisamos, por meio de uma abordagem interdisciplinar, séries documentais produzidas entre os anos de 1943 e 1955. A opção pelo recorte temporal do pós-guerra é justificada pela busca da compreensão das especificidades da conjuntura mundial de Guerra Fria em sua relação com a cultura nacional. Sobretudo na década de 1950, pudemos perceber com melhor clareza a penetração da propaganda do american way life e os rebatimentos da cultura norte-americana no estilo de vida brasileiro. Trabalhamos com a vertente teórica da simiologia de Roland Barthes, detectando o sistema de signos verbais e não verbais e interpretando-os por meio de uma descrição ideológica. Para o estudo das imagens, além das teorias de Barthes, recorremos a Georges Didi-Huberman e Walter Benjamin, no sentido da teoria da montagem e suas marcas históricas. Para Benjamin, o passado pode ser legível, conhecível quando as singularidades aparecem e se articulam dinamicamente umas com as outras pelo processo de montagem. Utilizamos assim o método de leituras das imagens como montagem e remontagem do tempo vivido. Além desses autores, foram utilizados como fundamentos metodológicos as análises de Roger Chartier, Mariza Lajolo e Regina Zilberman sobre os pressupostos necessários ao empreendimento da construção de uma história das práticas letradas e/ou uma História da Leitura do livro no Brasil. Para identificar os traços ideológicos presentes na revista, foram analisados além de suas capas e da evolução de seu logotipo, os seguintes temas: modernização da cidade e do campo; representações da mulher e do homem; o mundo do trabalho e a construção do saber científico.
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