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Segregação residencial e eixos estruturais em Curitiba-Brasil
Cristina De Araujo Lima y Saint-Clair Honorato Santos.
XXXI Congreso de la Asociación Latinoamericana de Sociología. Asociación Latinoamericana de Sociología, Montevideo, 2017.
Resumen
Se o problema da moradia faz parte da estrutura do sistema econômico capitalista, e o custo não é tanto vinculado à oferta de espaço mas às características dele, como sua centralidade, equipamentos e serviços disponíveis, se discute condições do espaço urbano onde se observa uma segregação de acesso e uso. Dentro do modelo de planejamento urbano de Curitiba foram implantadas vias expressas de circulação na forma de eixos lineares dirigidos aos quadrantes da cidade, propiciando circulação mais ágil no sentido das áreas centrais para os bairros e vice-versa. Ao longo desses eixos se nota padrões de desenvolvimento urbano diversos, sendo que em alguns bairros há valorização imobiliária mais acentuada do que em outros. Portanto questiona-se: como se dá a interferência da Lei de Zoneamento urbano nos aspectos econômicos considerando uma produção de espaços segundo dinâmica própria da cidade em suas outras interfaces? Que variáveis podem ser levadas em consideração ao se analisar estes resultados? A experiência em planejamento urbano de Curitiba nas últimas quatro décadas teve diversas repercussões, como a segregação residencial, sendo pressuposto de análise o processo de valorização dos imóveis, como decorrência da implantação de estrutura urbana em contexto capitalista (MOLOTCH, 1976), com destaque para os eixos onde transita o Sistema BRT de ônibus cuja morfologia é emblemática (IPPUC, 2004; LIMA, 2015). Estudos locais demonstram que os moradores dos espaços contíguos aos Eixos Estruturais não são, em sua maioria, usuários do transporte coletivo, os quais se localizam na periferia metropolitana (Lima, 2000; Neves, 2006; Ghidini, 2014). A base conceitual se apoia nos estudos sociais que consideram as dinâmicas do espaço como Gottdiener (1993), Harvey (1980), Lefebrvre (2004), Maricato (2011), Rolnik (2015) dentre outros. O método de abordagem é hipotético-dedutivo, em recortes espaciais de valores imobiliários diversos assim como morfologia da ocupação, aplicando recursos de análise qualitativa e quantitativa, e inferência dedutiva, em quatro fases: a) levantamento bibliográfico e dados secundários; b) levantamento e tratamento de imagens; c) análise dos dados em planilhas e mapas georeferenciados submetidos a seis categorias de análise (localização e zoneamento; dados demográficos e socioeconômicos; base natural-antrópica; mobilidade; equipamentos e serviços; referências espaciais). A avaliação dos resultados adotou o método comparativo (Marconi, Lakatos, 2004) e aponta a vinculação entre a escolha do local de moradia com o valor do solo, indicando razões para as diferenças econômicas, socioambientais e espaciais dentre os locais. A implantação dos eixos estruturantes reorientou o sistema de referências da cidade, provocando uma contradição de uso e acesso nesses espaços, configurando ao mesmo tempo oportunidade para as entidades empresariais, e também valorizando iniciativas locais como o Movimento de Luta por Moradia.
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