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A contribuição de Heleieth Saffioti para os estudos de Gênero no Brasil: alguns apontamentos
Leidiane Souza De Oliveira Leide.
XXXI Congreso de la Asociación Latinoamericana de Sociología. Asociación Latinoamericana de Sociología, Montevideo, 2017.
Resumen
A socióloga brasileira Heleieth Saffioti, durante sua vida (1934-2010), contribuiu para problematizar as problemáticas referentes ao gênero e a quetão das mulheres no Brasil, protagonizando a realidade destas a partir de sua condição de classe, com pioneirismo nas questões relacionadas ao trabalho e, a partir da perspectiva materialista, contribuiu decisivamente para pensar a articulação entre gênero, raça e classe, problematizando a partir daí, questões como violência, dominação e exploração das mulheres, historicização do conceito de gênero, críticas e adequações a esse cnceito; patriarcado e suas determinações na vida das mulheres; o lugar do homem branco no comando e seu poder sobre as mulheres e as consequências para as pobres e negras, que ficam no lugar mais inferiorizado nesse conjunto de relações. Suas obras que evidenciam essas relações são: Profissionalização Feminina: professoras primárias e operárias (1969); A Mulher na Sociedade de Classes: mito e realidade (1976) - este resultado de sua tese de livre docência na Universidade Estadual de São Paulo - UNESP no mesmo ano e publicado pela editora Vozes, foi de grande relevância para os estudos feministas que ganhavam corpo na década de 1970 no Brasil e foi relançado em 2013 pela editora Expressão Popular; Emprego Doméstico e Capitalismo (1978); Do Artesanal ao Industrial: a exploração da mulher (1981); O fardo das trabalhadoras rurais (1983); Mulher brasileira: opressão e exploração (1984); O poder do macho (1987); Mulher brasileira é assim (1994); Violência de Gênero: poder e impotência (1995) - este em co-autoria com Suely Souza de Almeida; e Gênero, Patriarcado, Violência (2004) - seu último livro e pelo qual se tormou mais conhecida, evidenciando a relação e as diferenciações entre o gênero, o patriarcado e como sua articulção no capitalismo culmina em situações corriqueiras de violência para as mulheres. Além desses livros, Saffioti também publicou um vasto número de artigos, entrevistas e já algumas produções acerca de seu trabalho, a exemplo do dossiê na revista Lutas Sociais em 2011 nº 27 de 2011 intitulada: Feminismo e Marxismo: um ano sem Heleieth Saffioti. Situando a contribuição desta autora nos marcos de uma sociedade capitalista e patriarcal que não se restringe ao Brasil, destcamos como contribuição de Saffioti os seguintes elementos: a) inserção dos estudos de gênero no âmbito do marxismo, revelando a relevância e a possibilidade da abordagem feminista no campo do materialismo; b) evidenciar o patrircado como um determinante histórico para as desigualdades de gênero e as consequências para as mulheres; c) articular dominação exploração e a constituição de um nó ou novelo que imbrica raça, classe e gênero (o chamado nó de Saffioti). Já algumas críticas no sentido da necessidade de hierarquizar a classe no entendimento desse nó, o que não invalida as contribuições da autora.
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