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Dançando e resistindo ou a resistência pela dança: os espaços e as representações ao entorno de três museus da cidade do Estado do Rio de Janeiro
Mirila Greicy Bittencourt Cunha.
XXXI Congreso de la Asociación Latinoamericana de Sociología. Asociación Latinoamericana de Sociología, Montevideo, 2017.
Resumen
Este estudo é atravessado por vivência corporal de mais de dez anos de atuações em ruas e espaços públicos urbanos. Enquanto intérprete-bailarina, minha imagem esteve entrelaça ao corpo político “que dança propondo questões para o mundo”. Palavras do crítico de dança Roberto Pereira[1]. Segundo ele, este corpo político teria “o desafio de construir no corpo uma ideia, uma questão, e de marcar um território para que o público tivesse espaço para entendê-la.” (apud AZEVEDO, 2012, p.1). Através da pesquisa realizada para a conclusão do curso de bacharel em Ciências Sociais da Universidade Federal Fluminense, com olhar distanciado (LÉVI-STRAUSS), não mais como intérprete nem como público, questionamentos e problematizações referente aos espaços e as representações foram constituídas no diálogo que se faz existente quando jovens utilizam o contorno das estruturas físicas de museus para dançar. Para tal, considera-se importante os processos existentes de adequação para/ao/do espaço com/pelo/ao corpo, nos endereços da cidade do Rio de Janeiro: Museu de Arte Moderna, especificamente as laterais do prédio de acesso à porta da entrada, e a Praça Mauá, que envolve o Museu do Amanhã e o Museu de Arte do Rio, designadamente embaixo das árvores de uma das laterais da praça. Nestes espaços, jovens, em sua maioria homens, pretos, de classe social entre média e baixa, levam seus sons, acessórios e água para ficarem horas dançando, treinando e trocando ensinamentos e conhecimentos não só do corpo como também de suas próprias vidas. Alcançam o desenvolvimento do funk indo desde o Funk Music, utilizado pelos Break Boys [2] até o Funk Carioca usado no “passinho” [3]. Dessa maneira vão se "reconheSendo" enquanto indivíduos em identidade, e "ressigniFicando" estes espaços através da prática da dança. Assim, esta análise, que circunda museus considerados de referência no Rio, atenta às quais relações perpassam o envolvimento junto estes jovens que, com ponto comum na prática da dança, se encontram e ocupam as estruturas físicas, mas não adentram estes museus. [1] Referência no pensamento sobre expressão através da dança atuou no meio artístico como pesquisador, crítico e professor. [2] Praticantes do breakdance, o elemento dança no Hip Hop, movimento iniciado durante a década de 1970, nas áreas centrais de comunidades jamaicanas, latinas e afro-americanas da cidade de Nova Iorque. Reconhecido como criador, Afrika Bambaataa, estabeleceu quatro pilares essenciais: rap, DJing, breakdance e graffiti. [3] O passinho é uma mistura de referências de vários tipos de dança. Há influências dos movimentos do balé clássico, stiletto, contorcionismo, mímica, capoeira, frevo, kuduro e até de performance teatral existente há mais de dez anos nas comunidades do Rio de Janeiro. Em 2012 Emílio Domingos lançou o filme “A batalha do passinho”.
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