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Mobilidades urbana e social na economia política do espaço em São Paulo
Sandro Oliveira.
XXXI Congreso de la Asociación Latinoamericana de Sociología. Asociación Latinoamericana de Sociología, Montevideo, 2017.
Resumen
A mobilidade urbana tornou-se recentemente na metrópole de São Paulo tema de discussão social a partir de seu inverso na crise da cidades: a imobilidade. Na discussão sobre deslocamento e acessibilidade nas metrópoles brasileiras após a revolta da tarifa de 2013, a mobilidade urbana expôs o problema relativo à dinâmica de circulação de pessoas e mercadorias, influência na vida social da população e realização da valorização do capital, e será tratada nesse trabalho como dimensão essencial na compreensão da mobilidade social, para problematização de teóricos da sociologia que reduzem a mobilidade ao âmbito sócio-ocupacional no processo de trabalho. Diante de sua complexidade, quando tratamos do urbano percebemos uma multiplicidade de facetas que permite ir além da dualidade analítica e reencontrar a dialética do espaço a partir de análises de contradições e conflitos sociais. No caso das metrópoles brasileiras, em consequência da forte concentração industrial e do intenso processo de urbanização desigual entre as décadas de 1950 e 1990, houve um vertiginoso crescimento de populações e ocupações em áreas periféricas que desenvolveram sistemas de mobilidades limitados e de alto custo na relação localização-deslocamento. O pensamento da localização limita-se em sua separação da dinâmica de deslocamento, e não permite visualizar o nexo entre produção e reprodução do espaço urbano e da relação entre habitação e circulação da classe trabalhadora. O problema da mobilidade urbana exige a compreensão de que a realização das necessidades sociais e econômicas de pessoas e instituições requer seu deslocamento frequente no espaço urbano induzida pela lógica do mercado de trabalho que determina a circulação, que pode ser feito por diversos modais de transporte. Pesquisas recentes mostram que o transporte predominante no Brasil tem sido o automóvel, seguido por ônibus, metrô e trem. No entanto, a somatória das viagens desses três últimos modais ultrapassa as viagens de automóveis e motocicletas em São Paulo, que demonstra a importância do transporte público na circulação residência-trabalho para a classe trabalhadora e o principal motivo desses deslocamentos. Mas como compreender os problemas e as possíveis saídas para as mobilidades urbana e social nas metrópoles brasileiras? Este trabalho problematiza as ciências parcelares na explicação das mobilidades urbana e social e a reprodução do capital, ao se referenciar nas noções críticas da economia política do espaço, de Henri Lefebvre; da economia política da urbanização, de Paul Singer; e de mobilidades do capital e da força de trabalho, de David Harvey, que deslocam a análise da economia para o urbano na perspectiva da produção do espaço e mobilidade de classes. [1] Doutorando no Programa de Pós Graduação em Sociologia no IFCH UNICAMP.
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