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Classificações do pensamento social e político brasileiro: revisão e esboço de uma classificação materialista das interpretações sobre o Brasil
Marco Antonio Perruso.
XXXI Congreso de la Asociación Latinoamericana de Sociología. Asociación Latinoamericana de Sociología, Montevideo, 2017.
Resumen
O presente trabalho, primeira parte do projeto de pós-doutorado “A esquerda fora do lugar no séc. XXI: o pensamento brasileiro e seus lugares sociais”, trata de alguns mapeamentos fundamentais relativos ao pensamento político e social do Brasil. Nela é realizada: 1) uma revisão da bibliografia dedicada a classificar e mapear o pensamento social e político brasileiro (Brandão, 2005; Lamounier, 1977; Lynch, 2016; Sadek, 1982; Santos, 2002; Schwarz, 2001; Vianna, 1991), analisando-a com vistas à proposição de uma nova classificação; 2) o esboço de formulação de uma classificação do pensamento social e político do Brasil referido aos principais lugares sociais da produção intelectual. A abordagem metodológica envolve a referida bibliografia, a releitura de obras clássicas do pensamento político e social brasileiro classificadas no bojo desta mesma bibliografia, bem como memorialísticas de intelectuais e análises sobre trajetórias intelectuais. Portanto, o presente trabalho encontra-se na interface entre o campo de estudos do pensamento social e político, a sociologia dos intelectuais e a teoria social. Os resultados do trabalho, baseados na investigação de obras e classificações antes referenciadas, das quais podem se extrair similaridades significativas, são articulados num esboço de classificação do pensamento brasileiro que concentra-se nos lugares sociais de produção, ancoragem e inspiração das reflexões a respeito do Brasil, quais sejam: o mercado (lugar do exercício do espírito do capitalismo); o Estado-Nação (lugar do exercício do poder político-burocrático, modalidade de ação instrumental diferente da anterior); a universidade (e outras instituições assemelhadas), domínio do capital cultural/intelectual, distinto dos capitais econômico e político; e as classes e movimentos sociais de extração popular, que por sua vez remetem à participação política dos setores subalternizados de nossa sociedade, cuja história é intrinsecamente marcada pela desigualdade. Tal proposição classificatória enfatiza alguns espaços socials, tomados como alavancadores das interpretações do Brasil e mesmo da América Latina e concebidos a partir de obras paradigmáticas das ciências sociais: Gramsci (1985), Mannheim (2001), Habermas (1987) e Bourdieu (1989 e 2003). Desta maneira, são registrados limites e potencialidades de leituras clássicas e contemporâneas do Brasil e da América Latina: a liberal (profundamente eurocêntrica); a anti-liberal (seja na versão conservadora e autoritária, seja na modalidade progressista e reformadora - ambas ainda significativamente eurocentradas); e as anti-capitalistas (sejam marxistas ou não) - notadamente as que fogem de perspectivas comparativas com Europa e Estados Unidos da América, buscando as especificidades ensejadas pelo trajeto do capitalismo em suas periferias mas também pelas singularidades das resistências populares à ordem do capital.
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