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A política de igualdade de gênero nas Forças Armadas Brasileiras: as primeiras aspirantes na Escola Naval
Hercules Honorato.
XXXI Congreso de la Asociación Latinoamericana de Sociología. Asociación Latinoamericana de Sociología, Montevideo, 2017.
Resumen
O objetivo deste estudo é compreender a construção da identidade social da jovem mulher militar oriunda da formação superior na Escola Naval (EN), instituição secular na formação de jovens oficiais da Marinha do Brasil e que recebeu, em 2014, as primeiras doze mulheres graduandas, futuras bacharéis em Ciências Navais. Este estudo é de cunho qualitativo, bibliográfico exploratório, cujo instrumento de coleta de dados foi um questionário, com perguntas abertas e fechadas, aplicado às alunas no período de adaptação à vida militar. O artigo está dividido em três seções principais: começamos por uma breve história sobre a mulher nas forças armadas brasileiras e em especial na Marinha; a segunda parte trata do período de adaptação à vida militar e os valores que são ensinados; e a terceira é uma análise do instrumento de coletas e a caracterização dos sujeitos da pesquisa. Espera-se que este estudo seja relevante para a construção de pontes sólidas no trato das futuras jovens que farão a opção de serem oficiais da Marinha, por intermédio do aquartelamento e a vida na caserna durante a sua graduação. O quartel tem por característica ser um território de homens, principalmente por envolver atividades de risco, força e de forte rigor da disciplina. A mudança estrutural nas relações entre gêneros evoluiu consideravelmente nos últimos anos, e como somos frutos de uma construção social histórica, uma vez abertas as oportunidades, as mulheres estão demonstrando seu valor e sua capacidade de decisão e liderança. O período deste estudo em questão é uma fase de transição brusca e intensa, uma verdadeira "peneira", que visa levar à desistência as pessoas que não possuem vocação ou força de vontade suficiente para o ingresso na carreira militar. A pressão, sob vários aspectos, que é exercida, faz parte de uma melhor preparação para o dia a dia repleto de atividades, tanto acadêmicas quanto militares do ciclo escolar e da vida militar-naval. Procura-se, portanto, criar uma unidade coletiva e social em mais de 230 discentes, jovens de diferentes origens, mas que no coletivo, a princípio, não estão sentindo a questão de gênero, pois são antes de tudo militares e com um único objetivo: receber as divisas de oficiais ao final de 2017. No momento inicial de formação de um pequeno grupo de pioneiras, que representava 1,5% do total de discentes, verificou-se que elas começaram a conhecer as identidades sociais militares, o seu estilo de vida e os seus valores, e conscientizadas sobre a profissão escolhida, de dedicação à Marinha e à Pátria, sem se esquecerem de que são mulheres e cidadãs, integrantes ativas de uma sociedade que busca respaldo para uma Nação desenvolvida, forte, livre, unida, justa e soberana.
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