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O debate teórico crítico sobre democracia contemporânea e a experiência de luta dos estudantes brasileiros secundaristas
Rubia Ramos Araujo.
XXXI Congreso de la Asociación Latinoamericana de Sociología. Asociación Latinoamericana de Sociología, Montevideo, 2017.
Resumen
Este trabalho busca apresentar uma análise de entrevistas realizadas com estudantes brasileiros secundaristas, bem como de observações realizadas em reuniões, eventos e passeatas organizadas pelo movimento “Secundaristas em Luta de São Paulo”, que, desde outubro de 2015, junto com outros movimentos de estudantes secundaristas, vem conquistando maior relevância na esfera pública brasileira, com especial atenção para o debate sobre a reforma da educação básica no Brasil, incluindo nova agenda de discussão sobre políticas públicas que possam afetar, direta ou indiretamente, o campo da educação no país. Essa leitura da experiência empírica complementa a pesquisa teórica previamente realizada, onde busco desenvolver um debate entre teóricos críticos de perspectivas distintas e suas concepções de democracia na contemporaneidade. Procurando confirmar ou refutar nossa hipótese central, de que há uma nova configuração do conceito de democracia nos dias atuais, a análise do discurso e de materiais produzidos pelos secundaristas nos permite avaliar se o debate teórico e o saldo das discussões em torno de conceitos centrais como esfera pública, sociedade civil, Estado, sujeito e novos movimentos sociais, incluindo o próprio conceito de democracia, conseguem corresponder à realidade de esferas públicas locais com suas demandas que mesclam questões em torno de bens sociais e bens culturais, como por exemplo, os direitos de ensino de qualidade e de reconhecimento das identidades no campo da educação. Os autores utilizados nesse estudo são basicamente: Jürgen Habermas, Alain Touraine, Andrew Arato, Jean Cohen, Nancy Fraser, Charles Taylor e François Dubet. Como se vê, nossa base teórica é composta por autores de diferentes escolas sociológicas que se aproximam da teoria crítica por meio de abordagens e epistemologias; atentos às contradições da sociedade presente, buscam desenvolver teorias normativas e propositivas, se propõem a realizar teoria com objetivos práticos. Ambos preocupados com os efeitos do capitalismo avançado na esfera pública, especialmente sobre minorias políticas enquanto ações que permeiam questões de alteridade e justiça. O objetivo é explorar e problematizar o movimento dos estudantes secundaristas brasileiros, contribuir para a reflexão e debate sobre o mesmo, de modo a favorecer o desenvolvimento de estudos sobre novos movimentos sociais e novas formas de atuação da sociedade civil, e poder somar novas abordagens para o debate teórico crítico que se dedica ao tema da democracia. Pretendemos ainda contribuir para a reflexão sobre os usos da teoria crítica no Brasil. Desse modo, optamos por considerar a perspectiva dos estudantes sobre as políticas públicas voltadas para a educação, para então problematizar os discursos teóricos sobre as práticas da sociedade civil e seus potenciais de transformação e desenvolvimento democrático. Também são relevantes os documentos produzidos pela mídia brasileira, assim como o material produzido pelos secundaristas nas redes sociais.
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