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Movimentos de contraposição à escola convencional: da Escola Nova às Escolas Inovadoras no Brasil contemporâneo
Diogo Silveira Heredia y Antunes, Ana Carolina Brandão Verissimo y Andréia Mendes dos Santos.
XXXI Congreso de la Asociación Latinoamericana de Sociología. Asociación Latinoamericana de Sociología, Montevideo, 2017.
Resumen
O trabalho proposto é um ensaio analítico a respeito dos movimentos de contraposição à escola convencional, através de uma retomada histórica, da análise de conjuntura do cenário brasileiro contemporâneo e do trabalho empírico, ainda em andamento, sobre as escolas inovadoras do Rio Grande do Sul/Brasil. A partir de pesquisas da temática em publicações acadêmicas, documentos legais, documentários e sites oficiais e de grupos independentes, são realizadas análises de cunho filosófico – sociológicas a respeito do tema. Tendo como principais referencias teóricos: Barbosa (2016), Bastini (2000), Pereira e Cardon (2016) e Barreira (2016), a escola convencional esta marcada pela organização rígida do tempo; espaço pouco ou nada acolhedor; pelo saber e o currículo elegidos a priori - massificantes e colonizadores - e relações de poder de submissão e competição. Constitui-se historicamente como uma instituição normalizadora, que vem encontrando movimentos de resistência a partir de três “ondas”: No final do século XIX pela escola nova, seguido nas décadas de 1960 e 1970 pelas escolas alternativas e chegando a contemporaneidade com as escolas inovadoras. Como considerações preliminares aponta-se que na escola nova as críticas e reflexões estavam centradas no caráter pedagógico, enquanto que nas escolas alternativas, o movimento maior, em sua origem, é de caráter político e social. Ainda, três características levaram a existência de um terceiro movimento: o primeiro a complexificação que se estabelece em relação às experiências que constituem este conceito; segundo a insolidez que a escola convencional ganha frente à sociedade contemporânea e, por terceiro, o movimento das escolas inovadoras adquire uma dimensão que passa a influenciar as políticas públicas em educação. Assim, o que antes era subversivo (escolas alternativas) passa a ser um dos pontos de disputa da supremacia nos novos modelos educacionais como política de Estado em educação. A análise destes elementos torna-se especialmente importante uma vez que o Brasil encontra-se em um movimento complexo na busca da reestruturação da educação escolar. Neste sentido, em 2015, foram observadas 178 escolas como “exemplos de inovação e criatividade na educação básica”, mostrando que o próprio Ministério da Educação, já percebe estes movimentos de contraposição no processo educacional. Sabe-se que para fomentar uma formação escolar universalizada, voltada para justiça social, solidariedade, emancipatória e libertária, o movimento das escolas inovadoras precisa ser analisado. Entende-se que esse projeto tem recebido múltiplas influências de setores da sociedade, orientados por diferentes vertentes ideológicas, apontando uma disputa não apenas pela hegemonia dos modelos educativos, mas pela hegemonia dos projetos de sociedade.
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