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Produção social do automóvel elétrico: uma proposta de investigação das experiências brasileira
Rodrigo Foresta Wolffenbüttel.
XXXI Congreso de la Asociación Latinoamericana de Sociología. Asociación Latinoamericana de Sociología, Montevideo, 2017.
Resumen
O presente trabalho é voltado para o processo de construção social de inovações a partir de redes complexas de interação. Mais precisamente, a pesquisa investiga experiências de construção social do automóvel elétrico no contexto brasileiro. Tratam-se de iniciativas baseadas em redes heterogêneas de atores sociais empenhados em diferentes experiências de implementação de automóveis elétricos, em diversos contextos nacionais. Tais como o Ecolétrico, projeto público de instalação de novos modais de transporte público com baixo impacto ambiental no município de Curitiba, o Carro Leve, sistema de veículos elétricos compartilhados em operação no Porto Digital (Recife) e o Programa Táxi Elétrico, utilização de veículos Nissan Leaf na frota de táxis licenciados. Apesar de suas fragilidades, estas iniciativas são muito importantes para o processo de construção social do carro elétrico como uma inovação econômica. Pois, diferente do que concebem os modelos lineares de desenvolvimento e difusão de inovações, que se baseiam exclusivamente em critérios técnico-econômicos, o processo inovativo, a luz da abordagem sociológica, mostra-se complexo, espiral e retroativo, dependente de experiências de aprendizado institucional e cultural. Isto é, trata-se de um processo perpassado por interesses, laços de confiança e arranjos institucionais, contingentes e mutáveis ao longo do tempo. O que torna relevante uma abordagem relacional, voltada para rede de relações sociais em que os atores estão envolvidos, seus recursos e posições no interior da rede, a fim de identificar como estas interações conformam o estabelecimento, ou o fracasso, das inovações econômicas. No caso do automóvel elétrico no contexto brasileiro – historicamente promotor e precursor do etanol como combustível alternativo ao petróleo, o que tendeu a fortalecer o paradigma do motor a combustão interna, em vez de formas elétricas de propulsão e abastecimento – se considerarmos apenas o momento atual do aprendizado tecnológico e as condições de viabilidade econômica, torna-se uma tarefa praticamente impossível escapar do aprisionamento (lock-in) tecnológico do motor a combustão. Porém estas iniciativas revelam esforços importantes para o processo inovativo do automóvel elétrico, logo, sua análise deve considerar a eficiência técnica e econômica como fatores relevantes, mas não como fatores explicativos preponderantes e detentores de uma dinâmica própria. É com essa relevância em mente que o presente trabalho busca explorar o papel de redes complexas de interação no processo de construção social de inovações econômicas, tendo por base as três experiências mencionadas acima. Mais precisamente, investiga como as estruturas de ligações das redes e as identidades dos atores envolvidos relacionam-se com o processo de instituição do automóvel elétrico. Estabelecendo, desta forma, a relação entre a configuração das redes de interação (estrutura e natureza dos nós) e as diferentes experiências de introdução, difusão e uso de veículos elétricos no mercado brasileiro.
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