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A invisibilidade da violência no trabalho: Medo e sofrimento no cotidiano de motoristas rodoviários
VIODRES INOUE Silvia Regina - sin vinculacion.
VII Jornadas Santiago Wallace de Investigación en Antropología Social. Sección de Antropología Social. Instituto de Ciencias Antropológicas. Facultad de Filosofía y Letras, UBA, Buenos Aires, 2013.
Resumen
Rotineiramente os motoristas de ônibus rodoviários estão expostos ao risco de roubos. O trabalho em rodovias pouco policiadas, a recepção de clientes no interior do veículo e o manuseio de moeda, a ausência de autogestão de suas rotinas, escolhas de passageiros e itinerários favorecem a ocorrência desta forma de crime predatório. Apenas em 2007 foram registrados 252 casos de roubos a ônibus intermunicipais/interestaduais pela Secretaria de Segurança Pública da Bahia - Brasil (2007) (taxa de 4,41% por mil partidas). O objetivo deste trabalho foi discutir as condições de trabalho micro e macro ambientais e as relações estabelecidas como potencializadores dos danos da vitimização do rodoviário. De caráter qualitativo, o estudo fundamentou-se em entrevistas com 60 rodoviários, questionários, observação participante e pesquisa documental realizados entre 2008 e 2011. A partir desses aspectos analisou-se o impacto da vitimização a partir da perspectiva de rodoviários vítimas diretas e indiretas de roubos, suas percepções e reações. Notou-se então, que as empresas, na busca por satisfação do cliente revitimizam o rodoviário sendo omissas, tanto pela falta de amparo ou suporte à saúde física e mental, quanto pela culpabilização da vítima. Os rodoviários são culpabilizados pela ‘escolha’ profissional, uma vez que se ‘expõem ao risco voluntariamente’, não são percebidos como vítimas dos roubos. Como resultado desse enfoque baseado na negação da vitimização, os rodoviários negam, omitem suas experências, adoecem e convivem com o medo e sofrimento diariamente.
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