Esse trabalho está em andamento no curso de Mestrado em Educação, do Programa de Pós-Graduação em Educação (PPGE) da Universidade Federal de Santa Maria (UFSM), compondo a Linha de Pesquisa: Docência, saberes e desenvolvimento profissional. A pesquisa também está vinculada ao grupo de pesquisa “TRAVESSIAS: cotidiano, infância e docência” e ao projeto “DOCÊNCIA, INFÂNCIA E COTIDIANO: desafios da formação à Universidade e à escola". O objetivo geral desta pesquisa é conhecer e analisar as experiências formativas de estudantes no Curso de Pedagogia relativamente à temática da vulnerabilidade de crianças e adolescentes. A partir das discussões e das intenções de pesquisa, destaca-se a necessidade de observar quais são as normas curriculares, formações acadêmicas, incentivos e atividades que o Curso de Pedagogia da UFSM direciona para a educação social e popular. Durante a realização desta pesquisa, será viável identificar os impactos preliminares que influenciam a formação de professores e enfatizar abordagens inovadoras para a formação de pedagogos no âmbito do curso de licenciatura. O Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) de 2021/2022, conduzido pela Organização das Nações Unidas (ONU) em 191 países, destaca o Brasil na 87ª posição, conforme relatado pelo Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD, 2021/2022). Essa classificação evidencia que o Brasil está entre os países mais desiguais do mundo, caracterizado por uma baixa mobilidade social e educacional entre a população. Apesar dos cenários e dos índices que o Brasil demonstra, a escola é o principal espaço para a socialização e construção do conhecimento. Os espaços escolares proporcionam ambientes de acolhimento, momentos de ludicidade e aprendizagens, experiências que são levadas para a vida toda. Um olhar sensível para a diversidade cultural e as realidades sociais pode possibilitar a realização de atividades, práticas e projetos em que os sujeitos possam vivenciar outras propostas além do que já conhecem. A valorização da formação de professores é essencial, garantindo uma educação de qualidade e “preparar” os educadores para os desafios, e as evoluções que irão viver ao longo de suas trajetórias profissionais nos ambientes educacionais. Para Freire (1996), é necessário uma reflexão crítica sobre a prática docente, envolver-se em um processo dialético e dinâmico entre o fazer e o pensar, entre educador e educando. É preciso levar em consideração o reconhecimento da identidade cultural do aluno. E a formação docente deve fazer-se com a observação da sensibilidade, emoções e dos pequenos gestos do cotidiano. Na contramão dessa premissa, esta pesquisa insere-se na valorização de experiências formativas que possam levar estudantes ainda na formação inicial a sensibilizarem-se para uma docência atenta aos sujeitos em suas culturas, diversidades e vulnerabilidades.