Abstract This article explores the use of passive voice in texts generated by artificial intelligence systems, examining how algorithmic language reproduces the illusion of neutrality by structurally erasing agency. Unlike traditional bureaucratic or legal discourse, where the passive voice masked institutional responsibility, artificial language systems now automate such structures at scale. Through linguistic analysis and critical theory, we show how these syntactic forms function not only to obscure the speaker but to simulate objectivity, producing legitimacy through structure rather than content. This phenomenon is interpreted as a new form of epistemic depersonalization, embedded in the statistical grammar of machine-generated texts. The study extends the argument developed in Grammars of Power, particularly in relation to passive constructions and ideological discourse. Resumen This article explores the use of passive voice in texts generated by artificial intelligence systems, examining how algorithmic language reproduces the illusion of neutrality by structurally erasing agency. Unlike traditional bureaucratic or legal discourse, where the passive voice masked institutional responsibility, artificial language systems now automate such structures at scale. Through linguistic analysis and critical theory, we show how these syntactic forms function not only to obscure the speaker but to simulate objectivity, producing legitimacy through structure rather than content. This phenomenon is interpreted as a new form of epistemic depersonalization, embedded in the statistical grammar of machine-generated texts. The study extends the argument developed in Grammars of Power, particularly in relation to passive constructions and ideological discourse. Resumo Este artigo analisa o uso da voz passiva em textos gerados por sistemas de inteligência artificial, examinando como a linguagem algorítmica reproduz a ilusão de neutralidade por meio da supressão estrutural da agência. Diferentemente do discurso burocrático ou jurídico tradicional, onde a voz passiva mascarava a responsabilidade institucional, os sistemas de linguagem artificial automatizam essas estruturas em escala. A partir da análise linguística e da teoria crítica, demonstra-se como essas formas sintáticas não apenas ocultam o enunciador, mas simulam objetividade, produzindo legitimidade pela forma, e não pelo conteúdo. Este fenômeno é interpretado como uma nova forma de despersonalização epistêmica, incorporada na gramática estatística dos textos gerados por máquina. O estudo estende os argumentos desenvolvidos em Gramáticas do Poder, especialmente os relacionados às construções passivas e ao discurso ideológico.