O presente estudo teve como objetivo avaliar a eficiência da adubação orgânica, produzida por compostagem, no desenvolvimento de espécies forrageiras, em comparação com a adubação química convencional e a ausência de adubação. A escolha do tema justifica-se pela crescente necessidade de alternativas sustentáveis à utilização de fertilizantes minerais, os quais, apesar de promoverem alta produtividade, estão associados a impactos ambientais, como acidificação e perda da fertilidade natural do solo. A pesquisa utilizou abordagem mista, de natureza explicativa, fundamentada em levantamento bibliográfico e na execução de experimento em casa de vegetação no Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de São Paulo – IFSP, Campus São Roque, entre agosto e dezembro de 2024. O universo do estudo compreendeu o próprio IFSP, sendo a amostra composta pelas espécies forrageiras Milheto (Pennisetum glaucum), Brachiaria brizantha cv. BRS Piatã e Brachiaria brizantha cv. Marandu. O delineamento experimental foi inteiramente casualizado, com três tratamentos – adubação química (NPK), adubação orgânica (composto) e testemunha (sem adubação) – e cinco repetições. O composto orgânico utilizado foi provido de uma composteira industrial de indústria alimentícia, obtido a partir da decomposição aeróbia de resíduos vegetais. Durante o experimento, avaliaram-se variáveis como taxa de germinação e altura média das plantas, por meio de análises descritivas e estatísticas. Os resultados demonstraram que a adubação orgânica proporcionou desenvolvimento semelhante, e em alguns casos superior, ao tratamento com NPK, destacando-se no milheto, que alcançou médias de 16,82 cm de altura e 2,74 g de matéria seca, e na Brachiaria brizantha cv. Piatã, com 11,46 cm e 2,87 g. A cultivar Marandu, embora com menor crescimento geral, também apresentou desempenho melhor sob adubação orgânica em comparação à testemunha. De maneira geral, a adubação orgânica mostrou-se eficaz no aumento da germinação e no crescimento das espécies estudadas, aproximando-se do desempenho obtido com fertilizantes químicos, além de contribuir para a melhoria das propriedades do solo e para a redução da dependência de insumos minerais. Tais resultados reforçam a relevância da compostagem como prática agrícola sustentável, capaz de aliar produtividade satisfatória à conservação dos recursos naturais e à promoção de sistemas agropecuários mais equilibrados.