O engajamento juvenil representa um pilar fundamental para movimentos sociais e ambientais, mobilizando debates sobre democracia participativa, justiça socioambiental e sustentabilidade. Este relato teve como objetivo analisar condicionantes ao engajamento juvenil em causas ambientais à luz da bioética deliberativa, considerando tanto potencialidades quanto fragilidades. A metodologia adotada incluiu revisão integrativa da literatura, análise documental e realização de grupo focal com jovens engajados em diferentes movimentos. Os resultados evidenciaram práticas participativas em escolas, oficinas e mobilizações comunitárias, que favorecem a solidariedade, a responsabilidade coletiva e a defesa da natureza. Entretanto, também se destacaram limitações emocionais e institucionais, como desânimo, falta de continuidade e escassez de apoio público, associadas a preocupações ambientais diante de desastres e da ausência de políticas estruturadas. A análise revelou que o engajamento juvenil ambiental, embora com grande potencial transformador, ainda carece de maior reconhecimento institucional, suporte formativo e articulação com políticas públicas. Conclui-se que o fortalecimento do engajamento juvenil depende da criação de instâncias deliberativas que valorizem a voz da juventude, promovam o diálogo intergeracional e favoreçam a construção coletiva de soluções para os desafios socioambientais.