A conservação do solo é uma dimensão essencial da sustentabilidade, mas ainda pouco explorada no contexto educacional. Este trabalho analisa a percepção de estudantes do Ensino Médio Integrado do IFSP – Campus São Roque sobre a importância da conservação do solo, buscando compreender como atribuem valores à natureza (instrumental, relacional e intrínseco). A pesquisa adotou abordagem quali-quantitativa, combinando questionários abertos (análise qualitativa) e pesquisa Survey (dados quantitativos). Participaram 143 estudantes dos cursos Técnicos em Administração, Alimentos e Meio Ambiente. Os resultados revelaram predominância da visão instrumental, associada ao solo como recurso produtivo e econômico, mas também emergiram dimensões relacionais e intrínsecas, ligadas a vínculos afetivos, culturais e ecológicos. Constatou-se que a educação ambiental deve ir além da transmissão de conteúdos, favorecendo metodologias participativas e dialógicas, capazes de estimular percepções mais críticas e integradas sobre o solo. Conclui-se que práticas pedagógicas emancipadoras, inspiradas em Paulo Freire, são fundamentais para ampliar o reconhecimento do solo como patrimônio comum da humanidade.