Este trabalho apresenta uma reflexão sobre como o capitalismo e a lógica da uberização têm transformado o trabalho docente e, consequentemente, a educação pública. O tema surgiu da inquietação em compreender como as mudanças do sistema econômico atingem diretamente a ensino, afetando tanto as condições de trabalho dos professores quanto a qualidade do ensino. A pesquisa inicial se apoiou em levantamento bibliográfico, que permitiu analisar a dinâmica atual do capitalismo, a precarização do trabalho e a mercantilização da educação. Os resultados preliminares indicam que o capitalismo contemporâneo e a lógica da uberização reduzem a docência a números, metas e gráficos, enquanto os professores enfrentam sobrecarga, instabilidade e perda de direitos. A educação passa a ser tratada como produto, mediada por plataformas digitais e políticas de padronização, comprometendo a autonomia pedagógica e a valorização profissional. Essas observações mostram a urgência de refletir criticamente sobre a centralidade da educação e do professor em um sistema que transforma a escola em mercado e o docente em prestador de serviço precarizado. O estudo, mesmo em estágio inicial, fornece uma base sólida para aprofundar a análise das experiências dos professores e os impactos concretos da uberização e da plataformização do ensino. Além disso, contribui para o debate sobre a valorização docente, a qualidade da educação pública e a necessidade de políticas educacionais que coloquem o professor no centro do processo educativo, resistindo às lógicas de mercantilização e exploração.