O racismo estrutural é a lógica de práticas e culturas pautada na desigualdade e exclusão de sujeitos com base na cor da pele, como acontece com a população no Brasil. Essa desigualdade ocorre em todos os aspectos que permeiam a sociedade, como a educação, a ciência e o ensino de ciências. Posto isso, esta pesquisa analisa a seção denominada “Pensar Ciência” da coleção de livros didáticos “Araribá Conecta – Ciências” destinada ao Ensino Fundamental II e utilizada na rede Municipal de São Roque. A metodologia envolveu análise quantitativa e qualitativa observando imagens e menções a cientistas. Os resultados obtidos evidenciam uma sub-representação de cientistas negros sendo apenas 6,8% no material analisado. Além do número extremamente baixo, os cientistas negros são retratados de forma superficial e sem dar ênfase para suas contribuições à ciência. O estudo mostrou que mesmo com a tentativa de abordar a diversidade na ciência, ela é insuficiente e reforça uma narrativa eurocêntrica e excludente. Por fim, destaca-se a importância de promover uma educação científica antirracista e que valorize cientistas negros, seus conhecimentos e suas histórias.