Detendo-se na pregação ético-escatológica de Jesus, que anuncia o reino de Deus e o tempo da decisão e o chamado à decisão, o Prof. Luiz Carlos Mariano Da Rosa assinala que, escapando à condição de um dever que pressupõe a formação do caráter e o princípio de determinação da comunhão humana, é a exigência do amor que se impõe à pregação escatológica de Jesus e a sua pregação ética e ao conhecimento da vontade de Deus, que implica o dever-ser e o poder-fazer envolvendo o bem incondicional em face da consciência da situação-limite da existência e da necessidade de uma decisão existencial. Dessa forma, baseada em Bultmann, a pesquisa se detém na justificação e na sua relação com a fé enquanto obediência e decisão fundada no ato da Graça de Deus segundo o Apóstolo Paulo, assinalando que, diante do caráter absoluto do domínio exercido pelo poder do pecado em um processo que subjuga todos os seres humanos à escravidão e implica a impossibilidade de justificação diante de Deus por intermédio das obras da Lei, a fé enquanto obediência e decisão constitui o evento escatológico: o novo caminho salvífico que se opõe à lei das obras, convergindo para a justificação enquanto justiça de Deus.