Baseada no horizonte conceitual que Ernst Cassirer [1874/1945] desnuda através do “simbólico” em um processo que, precedendo e excedendo a razão, constitui-se como fundamento da condição humana como um ser cuja vivência não emerge senão sob a perspectiva “relacional” [fala e trabalho], a referida investigação dialoga com uma metodologia baseada em uma pesquisa bibliográfica que traz como temática a relação envolvendo o mito e a filosofia e tem como paradigma um referencial teórico que corresponde ao princípio da hermenêutica instauradora [Cassirer, Mircea Eliade e Paul Ricoeur] e implica uma construção científico-filosófica que converge para a abordagem fenomenológica [Martin Heidegger e Maurice Merleau-Ponty], configurando um viés teórico-analítico que guarda raízes na esfera hermenêutica fenomenológico-existencial [Eudoro de Sousa e Fernando Bastos], carregando a pretensão de identificar, expor e compreender a estruturalidade vital e a dialética trans e intra-histórica que abrange a inter-relação que encerra a linguagem, o mito, a religião, a arte, a ciência e a história como formas simbólicas que caracterizam a “realidade” em sua formação individual e coletiva e possibilitam a autoconstituição humana em um movimento que se desenvolve em função da emergência do “sistema simbólico” que, à medida que alcança a dimensão de um tipo de conhecimento que escapa ao animal, distingue a natureza humana e instaura o fenômeno da sua existência como tal.