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“Até quando isso vai continuar? Me ajuda, pelo amor de Deus”: a construção de espaços de não-ser em localidades de maioria negra no Rio de Janeiro
HENRIQUE FERREIRA DA SILVA - UNIVERSIDADE LUTERANA DO BRASIL.
RICARDO WILLY RIETH - UNIVERSIDADE LUTERANA DO BRASIL.
DEIVISON DE CAMPOS - PONTIFICIA UNIVERSIDADE CATOLICIA DO RIO GRANDE DO SUL.
3º Jornadas de Estudios Sociales sobre Delito, Violencia y Policía. 4º Congreso de Seguridad Ciudadana de la UNVM. Universidad Nacional de Villa María, Villa María, 2024.
  ARK: https://n2t.net/ark:/13683/eqcx/PXY
Resumen
O presente artigo investiga a construção das favelas do Rio de Janeiro, no Brasil, como zonas de não-ser, com base em reportagens veiculadas em um portal de notícias do Grupo Globo de Comunicações entre os anos de 2019 e 2022. O objetivo é problematizar representações e estereótipos que contribuem para a perpetuação de estigmas e marginalizações associadas às favelas e seus moradores, contribuindo para uma compreensão mais profunda das dinâmicas sociais e da produção de representações na mídia. A análise concentra-se nas dinâmicas representacionais presentes em produtos midiáticos de grande alcance, notadamente os veiculados pelo portal de notícias online G1 - Rio de Janeiro e Região. Nesse sentido, são analisadas 17 matérias selecionadas no referido portal, a partir de buscas realizadas com os descritores "jovens negros", "morte de jovens negros" e "racismo". O enfoque se dá sobre a construção das favelas enquanto espaços racializados e áreas de morte, tanto concreta quanto simbólica, sob o prisma de um Estado necropolítico. A abordagem teórica e metodológica envolve a análise cultural atenta aos conteúdos verbais e imagéticos e orienta-se por uma perspectiva teórica pós-crítica embasada em estudos de Achille Mbembe (2002), Stuart Hall (2003), Tomaz Tadeu da Silva (2003), Patrícia Hill Collins (2009) e Winnie Bueno (2019). As análises mostram como se estruturam relações sociais e de poder que posicionam os jovens negros como alvos preferenciais da ação necropolítica, principalmente em áreas mais pobres - como as favelas. Com base nos conceitos de necropoder e colônia (Mbembe, 2002), evidencia-se como, nas matérias examinadas, as juventudes negras são posicionadas na zona do não-ser e são constituídas como um "outro" a ser combatido e/ou exterminado. Mostram, também, uma constituição de territorialidades marcadas pelo dualismo entre vida/morte e noções sempre presentes de terror e medo, incutidos pelo aparato estatal.
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